Dinheiro e armas apreendidas na casa de um agente penitenciário — Foto: Reprodução/TV Globo Investigadores afirmam que os procurados forneci...
Dinheiro e armas apreendidas na casa de um agente penitenciário — Foto: Reprodução/TV Globo
Investigadores afirmam que os procurados forneciam informações sigilosas sobre operações específicas e até escoltavam, com viaturas oficiais, foragidos da Justiça.
A Polícia Civil do RJ, a Corregedoria da PM e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram na manhã desta sexta-feira (20) a Operação Heron, contra agentes públicos aliados da maior milícia em atividade no estado. Entre os alvos, estão três policiais militares, seis agentes penitenciários e uma delegada.
Até a última atualização desta reportagem, seis pessoas haviam sido presas. Na casa de um dos policiais penais, a força-tarefa apreendeu dinheiro e armas.
Investigadores afirmam que os procurados forneciam informações sigilosas sobre operações específicas contra grupos rivais, facilitavam a movimentação dos “bondes” — comboios para atividades criminosas — e até escoltavam, com viaturas oficiais, foragidos da Justiça.
Policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e agentes do MPRJ saíram para cumprir, no total, 10 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.
Um dos presos na Operação Heron chega à Cidade da Polícia — Foto: Lívia Torres/TV Globo
Os alvos
- Alcimar Badaró Jacques, o Badá, agente penitenciário;
- André Guedes Benício Batalha, o Gue, agente penitenciário;
- Carlos Eduardo Feitosa de Souza, o Feitosa ou Feio, agente penitenciário;
- Edson da Silva Souza, o Amigo S, agente penitenciário;
- Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça, miliciano, morto;
- Ismael de Farias Santos, agente penitenciário;
- Leonardo Corrêa de Oliveira, o Sargento Oliveira, PM;
- Luiz Bastos de Olive Ira Junior, o Pqdzinho;
- Matheus Henrique Dias de França, o Franc, PM;
- Pedro Augusto Nunes Barbosa, o Nun, PM;
- Wesley José dos Santos, o Seap, agente penitenciário.
Tropa do Zinho
Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, é empresário e irmão de Ecko, líder da milícia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
De acordo com a especializada, os servidores tinham contato direto com homens de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão e um dos sucessores de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto pela polícia em junho do ano passado.
Zinho é foragido da Justiça e hoje explora toda a Zona Oeste do Rio.
A investigação começou com apreensão de um telefone celular, realizada durante uma ação em 27 de abril de 2021, na casa de Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça.
Garça era um dos principais homens de confiança de Ecko e, segundo a polícia, era responsável pela gestão dos valores da quadrilha — tanto os provenientes das extorsões e taxas, quanto o pagamento de propina a agentes de segurança.
Na ação de um ano atrás, o miliciano conseguiu fugir, mas deixou o aparelho — com o qual a polícia obteve detalhes do grupo paramilitar.
Setores de inteligência acreditam que Garça tenha sido morto a mando de Ecko, em virtude de uma divergência na quadrilha.
A ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, da Corregedoria Interna da Polícia Militar e da Contrainteligência da polícia.
Fonte: G1
Redação Direto do Congresso