Foto/Imagem: Arquivo/AVB CLDF Nove dos deputados distritais eleitos nesse domingo (2/10) nunca haviam ocupado o cargo. Número representa um ...
Os eleitores brasilienses escolheram, nesse domingo (2/10), os novos representantes da Câmara Legislativa (CLDF). Dos 24 gabinetes, metade não passou por mudanças ─ ou seja, houve renovação de 50% dos distritais. E, dos 12 não reeleitos, nove ocuparão o cargo pela primeira vez. Eles permanecem como deputados distritais até 2026.
Ao todo, houve 1.660.387 votos válidos. No caso do Poder Legislativo, adota-se o sistema eleitoral proporcional: as vagas para cargos de deputado federal e distrital são distribuídas entre os candidatos, com base no total obtido pelos postulantes, pelas federações e pelos partidos mais votados.
Confira quem são os estreantes na CLDF:
Dayse Amarilio (PSB)
Brasiliense, a enfermeira obstetra foi eleita para o primeiro mandato de deputada distrital. Ao concorrer à eleição, licenciou-se do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), entidade na qual ocupava o cargo de presidente e onde esteve à frente de lutas da categoria. Também é professora e se apresenta como defensora do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Vou fazer um mandado participativo e eu quero dar essa voz para essas pessoas. Também vou defender uma pauta prioritária que é a Saúde. Me vejo com uma sensação de muito desafio. Não sei o que vou enfrentar, mas estou preparada”, afirma Dayse.
Doutora Jane (Agir)
Natural de Brasília e delegada da Polícia Civil do Distrito Federal, foi atleta de voleibol, enfermeira, professora de geografia na rede pública de ensino e diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). Exerceu cargos como secretária de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, administradora de Sobradinho e chefe da Controladoria Jurídica da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Em 2018, ficou como suplente de parlamentar na CLDF.
Procurada, a candidata eleita não retornou o contato da reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Gabriel Magno (PT)
Professor do ensino médio da Secretaria de Educação do Distrito Federal, é considerado sucessor da deputada distrital Arlete Sampaio (PT), de quem foi chefe de gabinete. Ele chega à CLDF ao disputar a primeira eleição, com propostas para educação, saúde, direitos humanos e com a promessa de “lutar por uma cidade para todos”.
“Vamos fazer um mandato moderno e efetivo que vai fiscalizar o governo com firmeza e muita responsabilidade, dando continuidade ao trabalho que a deputada Arlete Sampaio desenvolveu nos últimos anos”, disse Gabriel.
Joaquim Roriz Neto (PL)
Joaquim Roriz Neto é brasiliense, filho da ex-deputada distrital Jaqueline Roriz e neto de Joaquim Roriz. Formado em ciência política, atuou como subsecretário de Parcerias Comunitárias e Voluntariado no governo Ibaneis Rocha (MDB), porém, licenciou-se para disputar a vaga na CLDF. Nas eleições de 2014 e 2018, tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu.
“Tenho muita fé que a gente vai conseguir fazer um trabalho para ajudar muita gente. Vou lutar pela assistência social que foi um dos marcos do governo do meu avô. Também quero ser o representante dos jovens na CLDF, fui o candidato eleito mais jovem, com 30 anos”, disse Joaquim.
Max Maciel (Psol)
O pedagogo e ativista social chega à Câmara Legislativa na segunda campanha ao cargo de deputado distrital. Com o lema “A periferia é o centro”, o ceilandense — que atua há mais de 20 anos na defesa dos direitos da juventude — apresentou propostas para o passe livre estudantil, a descentralização da cultura, o fortalecimento do empreendedorismo local e a saúde pública.
“Quero conseguir imprimir para o DF todo o acumulo de projetos que mobilizamos durante esses 20 anos. Um debate que passe pelas periferias, que passe pelo orçamento. Incidir de forma intrínseca no transporte público e na descentralização da cultura”, afirma Max.
Pastor Daniel de Castro (PP)
Natural de Itapipoca (CE), o pastor é professor, cientista político, advogado e ex-administrador de Vicente Pires, região administrativa onde mantém reduto eleitoral. Chegou à função de suplente de deputado distrital em 2014, pelo MDB, e em 2018, pelo PSC. Posiciona-se contra a legalização das drogas e a descriminalização do aborto.
“Reafirmo meus compromissos de campanha nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento Econômico, Social, Territorial, Segurança e Infraestrutura, áreas as quais serão nossas bandeiras diárias”, afirmou o pastor Daniel em nota.
Pepa (PP)
Natural de Várzea do Poço (BA), é morador de Planaltina, servidor público distrital e tem como bandeiras principais a defesa do esporte, da cultura, da mobilidade e da assistência social. Foi candidato a deputado distrital em 2014, pelo PHS, e em 2018, pelo PSC, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.
Procurado, o candidato eleito não retornou o contato da reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Thiago Manzoni (PL)
Advogado e natural de Campo Grande, chegou a Brasília em 1990, aos 6 anos. Declara-se cristão, conservador e se apresentou na campanha como o distrital da deputada federal e correligionária Bia Kicis. Posiciona-se contrariamente à descriminalização do aborto e em defesa da propriedade privada. Em 2018, candidatou-se à Câmara dos Deputados pelo Novo e recebeu 11.610 votos.
Procurado, o candidato eleito não retornou o contato da reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Rogério Morro da Cruz (PMN)
Bernardo Rogério Mata de Araújo Junior, eleito com o nome Rogério Morro da Cruz, nasceu em Porto (PI). É casado, tem seis filhos e trabalha na área de vendas. Entre as suas prioridades para o mandato de deputado distrital, na nona legislatura da Câmara Legislativa, ele destaca a regularização fundiária.
A reportagem ainda não conseguiu contato com o recém-eleito.
Felipe Torres Matheus Garzon - Metropoles