- Filmado em um hospital psiquiátrico, a ficção questiona a razão e a moral conservadora através da emoção e do desejo de estar junto. - D...
- Filmado em um hospital psiquiátrico, a ficção questiona a razão e a moral conservadora através da emoção e do desejo de estar junto.
- Direção e roteiro de Lorran Dias e direção de produção de Erika Candido, da Kilomba Produções.
O filme “Entre a Colônia e as Estrelas” estreia nesta terça-feira (11) na Sessão de Gala da Première Brasil do Festival do Rio. A produção de 49 minutos concorre na Mostra Competitiva Novos Rumos de Curta-Metragem e leva a assinatura de um equipe formada majoritariamente por cineastas e artistas negros.
A começar pelo diretor e roteirista Lorran Dias, que se inspirou na experiência de trabalhar na Colônia Juliano Moreira, um hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro, para questionar preconceitos sobre o amor e o mundo. Além de Lorran, a cineasta negra Erika Candido, da Kilomba Produções, assina a direção de produção.
No filme, a personagem Estelar é interpretada pela atriz negra Timbuca Hai. Ela trabalha no hospital psiquiátrico e recebe o irmão mais novo em meio a uma crise de falta de água. Os dois travam debates sobre questões políticas e identitárias, numa busca sinestésica para superar visões conservadoras.
"Não é um filme sobre loucura. Eu queria questionar as razões impregnadas na sociedade e que muitas vezes nos separam e nos enfraquecem. Como, por exemplo, as razões que formam o conservadorismo no Brasil", conta Lorran, que acredita na ficção como uma ferramenta de enfrentamento do impossível.
O processo de realização do filme contou com artistas, moradores e instituições locais, que foram convidados a participar e pensar sobre os seus próprios espaços. A produção faz parte da Trilogia do Impossível, iniciada em 2018 com “Perpétuo em Nova Iguaçu”, e é uma realização da TV Coragem, com distribuição da Fistaile.
“Foi desafiador o tempo de produção. Estar num território diferente, com orçamento curto para a ficção que estávamos realizando, porém foi gratificante ver o tamanho da equipe e tudo que construímos juntos. É emocionante realizar cinema negro”, destaca a cineasta Erika Candido, que faz parte da Kilomba Produções, junto com Monique Rocco e Natara Ney.
Além do Festival do Rio, “Entre a Colônia e as Estrelas” já tem lançamento previsto na programação do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, que acontece entre os dias 18 e 24 de outubro, e foi exibido na Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte, em setembro.
O filme conta com recursos da Lei Aldir Blanc RJ e Gotebörg Film Fund 2021, além de apoio do Museu Bispo do Rosário e do Cine Taquara. No elenco, nomes como Ana Flávia Cavalcanti, Lorre Motta e Sol Miranda.
Serviço
“Entre a Colônia e as Estrelas”
Sessão de Gala da Première Brasil do Festival do Rio
Dia 11/10 às 20h45
Sessão para convidades, no Estação Net Gávea
R. Marquês de São Vicente, 52, Gávea
Assessoria de Imprensa
Paó Comunicação
61 - 99249-7074
Saiba mais
Erika Candido Uma das mais requisitadas produtoras do país, com premiações em Rotterdam, Sundance, Cannes, além dos maiores festivais nacionais. Assina a produção dos filmes “A Vida Invisível”, “O Estopim”, “3 verões”, dos premiados “Kbela” e “Uma Paciência Selvagem me trouxe até aqui”. Fundou a Kilomba para ter um espaço de criação e formação de profissionais negros. Em 2021, foi responsável pela direção de produção do especial “Isso é coisa de preta”, para o canal GNT. Ela também assinou seu primeiro longa-metragem “Elza Infinita”, atualmente disponível no catálogo da Globopay e premiado no New York Film Festival 2022. Erika é carioca e cria de Vicente de Carvalho.