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Ibaneis Rocha diz que saúde será foco do mandato

  Em entrevista chefe do Executivo afirma que saúde será foco do mandato. Em entrevista na manhã desta quarta, 05, ao Bom Dia DF, da TV Glob...

 


Em entrevista chefe do Executivo afirma que saúde será foco do mandato.

Em entrevista na manhã desta quarta, 05, ao Bom Dia DF, da TV Globo, o governador Ibaneis Rocha, do MDB, declarou que o foco do segundo mandato será a saúde de Brasília.

O emedebista enfatizou que pretende criar uma autarquia para gestão compartilhada do transporte do Entorno do Distrito Federal.

Segundo Ibaneis, o investimento feito durante o período mais grave de Covid-19 foi de quase R$ 3 bilhões. O governador afirma que o montante seria suficiente para a construção de novos hospitais e para contratação de profissionais, medidas que pretende fazer no segundo mandato.

“Precisamos expandir a rede com a construção de mais três hospitais, duas unidades de pronto atendimento [UPA] e 18 unidades básicas de saúde [UBS]”, afirmou Ibaneis.

O governador disse ainda que, em um prazo máximo de dois anos, esses projetos seriam entregues à população. “Os projetos já estão na Novacap, sendo atualizados, para que a gente já entre o ano fazendo as licitações, a partir do momento em que o orçamento for liberado”, disse.

Transporte público do Entorno

Ibaneis comentou ainda sobre a situação do transporte do Entorno, cuja gestão é responsabilidade do governo do DF desde julho do ano passado. Segundo o chefe do Executivo, a intenção para o segundo mandato é que haja uma administração compartilhada entre o governo do DF e o de Goiás.

“ESTAMOS EM UM ESTADO MUITO AVANÇADO DE CONVERSAS COM O ESTADO DE GOIÁS E COM OS MUNICÍPIOS, JUNTAMENTE COM A ANTT. A PROPOSTA É CRIAR UMA AUTARQUIA QUE SEJA RESPONSÁVEL POR TODO O TRANSPORTE DO ENTORNO”, AFIRMOU O GOVERNADOR.

Outra promessa ainda não cumprida é o sistema de bilhetagem automática no transporte público do Entorno. Segundo a medida publicada no Diário Oficial do DF (DODF), as empresas tinham até julho deste ano para instalar os equipamentos necessários, o que ainda não aconteceu.

À época, a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob) afirmou que um dos objetivos da medida é reduzir a circulação de dinheiro nos ônibus e aumentar a segurança nas viagens. Segundo Ibaneis, o GDF já está em negociação com o governo de Goiás para implementar o modelo.

“Está sendo redigido um documento que vai autorizar essa bilhetagem conjunta, para que a gente tenha o transporte deles passando pelo BRT que temos em andamento”, explica Ibaneis. No entanto, o governador não deu previsão de data para que o sistema seja colocado em prática.

Quanto ao transporte público na capital, Ibaneis afirmou que o governo negocia a renovação dos contratos com as empresas, cobrando a renovação da frota. Segundo o governador, a troca dos veículos ainda não ocorreu por causa da pandemia. “A gente vem cobrando e, inclusive, aplicando multas a elas”, disse.

Reajuste de servidores

Ainda na entrevista, o governador afirmou que o GDF tem recursos para conceder o reajuste de 18% aos servidores públicos e forças de segurança da capital, anunciado na terça (4).

“MESMO COM A QUEDA DO ICMS, TEMOS UM AVANÇO NAS RECEITAS DO DISTRITO FEDERAL. VAMOS TER UM AVANÇO TAMBÉM DO FUNDO CONSTITUCIONAL”, EXPLICA.

Segundo Ibaneis, para o funcionalismo em geral, o reajuste será dividido ao longo dos próximos quatro anos de governo: nos três primeiros, o pagamento será em agosto e, no último ano, em junho, devido ao período eleitoral.

Já para as forças de segurança, o chefe do Executivo disse que o reajuste será concedido em um pagamento só. “Já vou negociar com o presidente Bolsonaro para ver se a gente consegue fazer, ainda este ano, o encaminhamento e a aprovação da proposta no Congresso, para vigorar no início de 2023.”

Educação

CED 1, na Estrutural, é uma das escolas que faz parte da gestão compartilhada no DF — Foto: Marília Marques/G1

Quanto à rede pública de ensino, Ibaneis aponta que o governo pretende continuar avançando com a gestão compartilhada de escolas entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública. Atualmente, 16 colégios da rede pública de Brasília adotam o modelo.

“PRETENDO AUMENTAR. O PROJETO INICIAL ERA TERMOS 40 ESCOLAS MILITARIZADAS. NÃO CONSEGUIMOS O AVANÇO, ATÉ PORQUE PARALISAMOS AS AULAS POR UM PERÍODO MUITO GRANDE POR CONTA DA PANDEMIA”, DISSE.

Durante o segundo mandato, o chefe do Executivo afirma que planeja contar com a atuação de servidores aposentados da Segurança Pública no projeto. Segundo Ibaneis, o governo pretende também investir na infraestrutura das escolas já existentes e na construção de mais quatro escolas técnicas na capital.

Serviço social

Sobre as filas nos centros de Referência de Assistência Social (Cras), Ibaneis afirmou que está em teste um projeto junto ao Banco de Brasília (BRB), para que as agências da instituição também possam realizar os atendimentos de assistência social.

SEGUNDO O GOVERNADOR, A MEDIDA “VAI DESAFOGAR TOTALMENTE AS FILAS DO DISTRITO FEDERAL”. NO ENTANTO, O CHEFE DO EXECUTIVO NÃO DEU PRAZO PARA QUE O PROJETO SEJA ADOTADO OFICIALMENTE.

Além disso, Ibaneis disse que é preciso conseguir recursos para atender a população que ainda não teve acesso a benefícios sociais como o Prato Cheio, auxílio criado para atender famílias de baixa renda durante a pandemia de Covid-19. A cada mês, os beneficiados recebem R$ 250.

“No caso do Prato Cheio, temos em torno de 40 mil pessoas na fila, aguardando. Nós temos que conseguir recursos. Acho que no orçamento do ano que vem, a gente consegue resolver esse problema”, declara.

Fonte: G1DF