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Queimada ganha popularidade como novo esporte no Distrito Federal

O 2º Campeonato Brasiliense movimenta o ginásio do Sest/Senat: esporte conta com apoio do GDF para ser oficializado no país | Foto: Divulgaç...

O 2º Campeonato Brasiliense movimenta o ginásio do Sest/Senat: esporte conta com apoio do GDF para ser oficializado no país | Foto: Divulgação/CBQ

Já na segunda edição, Campeonato Brasiliense destaca a modalidade esportiva e reúne 14 equipes inscritas

Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Engana-se quem pensa que a queimada é somente aquela velha brincadeira de infância. Aqui no Distrito Federal, o jogo se tornou uma modalidade esportiva em 2020.

O projeto de autoria do distrital Martins Machado (Republicanos DF) que foi sancionado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) no dia 1º de Dezembro de 2020, em vigor a lei que reconhece o jogo como modalidade esportiva no Distrito Federal, está a todo vapor nas quadras esportivas da nossa Capital. (Da Redação DC)

 já está com a sua segunda competição regional em andamento e é apreciado por homens e mulheres. A final do 2º Campeonato Brasiliense de Queimada acontece neste domingo (22), às 11h, no ginásio do Sest/Senat, em Samambaia. O torneio começou no dia 14, com 24 equipes inscritas e cerca de 560 praticantes.

De caráter inclusivo, a atividade reúne jogadores de 10 a 60 anos em média e conta com equipes organizadas na capital federal, caminhando para se tornar uma modalidade reconhecida em todo o país. Projetos de lei da governadora em exercício Celina Leão e do secretário de Esporte e Lazer, Júlio César Ribeiro, propõem a oficialização da queimada por todo o território nacional.

“Quando se torna, de fato, um esporte, é bem melhor para se atrair investimentos, promover campeonatos aqui no DF”, pontua Júlio César. “Nas nossas andanças pelas cidades do DF, reparei que tem crescido muito o número de praticantes da queimada. Nas quadras de Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, é possível ver gente jogando. E, hoje, já estamos no segundo torneio local, com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer [SEL].”

No primeiro CBQ, realizado em 2021, a SEL investiu R$ 152,3 mil, por meio de um termo de fomento, para apoiar o evento inédito no DF. No campeonato atual, são mais R$ 168,6 mil investidos. Segundo o árbitro Daniel Araújo, que também atua como um dos organizadores dos torneios, o objetivo agora é constituir uma federação para alavancar a prática.

“É fundamental uma federação não só para os times, como também para a arbitragem”, aponta. “Assim, podemos levar o esporte para outro patamar, com intercâmbio com outras praças, jogos interestaduais. Hoje temos equipes fortes, como as Felinas, do Guará, e Baleado, de Taguatinga, com times masculino e feminino, em plena atividade”. Segundo Daniel, o grande diferencial da queimada é a flexibilidade: “Percebemos que uma adolescente de 14 anos e uma senhora de 55 anos podem jogar no mesmo time, com bom nível”.

Tradição

Muito popular em todo o Brasil, a queimada já se tornou esporte na Bahia, onde é conhecida como baleado. É praticada também em alguns outros países, como Estados Unidos – onde se chama dodgeball – e Portugal.

No DF, o esporte é usualmente jogado com uma bola de futsal, mas com a calibragem mais baixa. No entanto, ganhou em 2021 uma bola própria também para “queimar” os adversários. As partidas são disputadas em quadras de voleibol de concreto com dimensões de 9 m x 9 m. Cada equipe conta com dez jogadores para cada lado, e diversão é o que não falta.