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PF diz que Ibaneis não foi omisso em relação aos atos de vandalismo

  CRÉDITO: ANA RAYSSA/CB/D.A. PRESS Perícia feita pela corporação no celular do governador afastado do DF constatou que ele não facilitou aç...

 

CRÉDITO: ANA RAYSSA/CB/D.A. PRESS

Perícia feita pela corporação no celular do governador afastado do DF constatou que ele não facilitou ação de vândalos

BRASÍLIA | Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

A perícia feita pela Polícia Federal no celular do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), constatou que ele não se omitiu diante dos episódios registrados em Brasília em 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por vândalos.

Segundo a corporação, desde o dia anterior Ibaneis manteve contato com autoridades do governo federal, do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e de órgãos de segurança do DF para tentar impedir os atos de violência na capital federal.

“Pela análise da mídia disponível, considerando todo o exposto, de forma cronológica, a investigação não revelou atos do governador Ibaneis em mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do Governo Federal ou mesmo de impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão”, afirmou a PF.

Segundo a perícia feita pela Polícia Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), procuraram Ibaneis no dia anterior aos atos de vandalismo para expressar preocupação com a possibilidade de manifestações violentas em Brasília.

A ambos, o governador afastado afirmou que nada de grave aconteceria. “Já estamos mobilizados. Não teremos problemas. Coloquei todas as forças nas ruas”, disse Ibaneis a Pacheco.

No dia 8, o governador afastado teve diálogos com o então secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, Fernando de Sousa Oliveira. Ele chefiava a pasta de forma interina, visto que o ex-chefe da secretaria Anderson Torres estava nos Estados Unidos no dia.

Pela manhã, Oliveira deu detalhes a Ibaneis sobre o fluxo dos vândalos, que saíram do Setor Militar Urbano de Brasília em direção à Esplanada dos Ministérios. Durante o trajeto, de acordo com o ex-secretário, a manifestação era “totalmente pacífica”.

Horas depois, no entanto, quando os vândalos chegaram à Praça dos Três Poderes e passaram a depredar o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do STF, Oliveira mudou o tom e sugeriu ao governador afastado que acionasse a Força Nacional e as Forças Armadas.

Após essa mensagem, Ibaneis mandou Oliveira colocar “tudo na rua” e prender o “máximo possível” de vândalos. O governador afastado também entrou em contato com Dino e disse que iria precisar do Exército.

Além disso, a presidente do STF, Rosa Weber, procurou Ibaneis. “Já entraram no Congresso!”, alertou a ministra. “Coloquei todas as forças de segurança nas ruas. Estamos cuidando”, respondeu o governador afastado.

Nesta quinta-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a PF a devolver o celular de Ibaneis. A corporação pediu ao ministro para restituir o aparelho “por já ter realizado a extração dos dados e não mais existir interesse probatório em sua manutenção”.