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Bolsonaro deve ficar recolhido nos próximos dias e cogita motociata

Reprodução redes sociais  Jair Bolsonaro retornou ao Brasil nessa quinta-feira (30/3), após três meses nos EUA. Expectativa do PL é que ex-p...

Reprodução redes sociais 

Jair Bolsonaro retornou ao Brasil nessa quinta-feira (30/3), após três meses nos EUA. Expectativa do PL é que ex-presidente foque em 2024

Por Augusto Tenório Metrópoles 

Apesar da expectativa para que lidere as forças de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) deve passar os próximos dias recolhido com a família. O ex-presidente retornou ao Brasil nesta quinta-feira (30/3), após três meses nos Estados Unidos.

Ao Metrópoles, aliados que estiveram com Bolsonaro após o seu retorno indicam que o ex-presidente deve passar os próximos dias recolhido, junto à família. Ele avalia uma viagem ao litoral do Nordeste neste fim de semana, com possibilidade de esticar a estadia durante a Semana Santa.

Bolsonaro também estuda a realização de uma motociata em breve, ainda no início de abril, mas após o feriadão. A ideia é apoiada por alguns membros do núcleo duro bolsonarista, mas outras lideranças defendem que ainda não é o momento para este tipo de evento.

Eles ficam receosos que, sem o aparato de segurança e logística que dispunha enquanto presidente da República, Bolsonaro pode ficar exposto a ataques numa motociata.

Defendem, também, que esse tipo de evento pode acarretar em problemas que vão de multas de trânsito a questões envolvendo os inquéritos que o ex-presidente responde, caso o ato saia do controle.

Mesmo afastado nos próximos dias, a expectativa é que Bolsonaro mantenha a comunicação com os aliados, incluindo políticos com mandato e ex-ministros, afinando a estratégia de viagens pelo Brasil.

O foco, neste momento, é articular eleições dos prefeitos de capitais e cidades com 200 mil habitantes ou mais, para as eleições municipais de 2024.

Evento do PL-DF

Apesar de estar em Brasília, o ex-presidente não acompanhou Michelle Bolsonaro no evento realizado pelo PL-DF na noite desta quinta. O partido organizou uma celebração para a posse de Bia Kicis como presidente da legenda no Distrito Federal.

Havia expectativa de que Bolsonaro acompanharia Michelle no evento, mas a informação da ausência do ex-presidente foi dada pela ex-primeira-dama, já no local. Ela foi bastante festejada e procurada por mulheres, mas também vereadores, prefeitos que estavam na Marcha e outras lideranças que buscam espaço dentro do PL.

Valdemar Costa Neto, presidente do partido, acompanhava tudo de perto. Ele também foi muito procurado por deputados e lideranças que querem candidaturas nas eleições municipais. Foi comentado, em mais de uma ocasião, que a presença do ex-presidente nos estados é necessária para que a legenda tenha candidatos competitivos em 2024, de forma a não dividir o voto da direita.

Igo Estrela/MetrópolesValdemar Costa Neto presidente do PL e Michelle Bolsonaro metropoles

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e Michelle Bolsonaro - Foto Igo Estrela/Metrópoles

Nomes mais ligados a Jair Bolsonaro ficaram mais próximos de Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo passado e candidato a vice-presidente na chapa do PL, em 2022. Houve reclamação sobre a indisponibilidade de Michelle para fotos.

A ex-primeira-dama, no palco, falou sobre a necessidade de as mulheres ocuparem mais espaços de poder, mas o foco foi o discurso contra “ideologia de gênero” e em “defesa da vida, desde sua concepção”. Ao final, Bolsonaro telefonou e Michelle o colocou no microfone.

Bolsonaro cumprimentou Bia Kicis e afirmou que a deputada já “transborda” o Distrito Federal. Ele pediu desculpas por não estar presente, mas afirmou que Michelle o representa “muito bem”.

Além da própria Bia Kicis, Michelle Bolsonaro, Valdemar Costa Neto e Walter Braga Netto, estavam presentes nomes como o deputado Delegado Caveira (PL-MA) e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL). Deputados distritais também marcaram presença, como Thiago Manzoni (PL), Agaciel Maia (PL) e Joaquim Roriz Neto (PL).