Foto: Matheus Veloso/Metrópoles Ibaneis voltou ao cargo de governador do DF após passar 65 dias afastado. No Palácio do Buriti, deu entrevis...
Foto: Matheus Veloso/Metrópoles
Ibaneis voltou ao cargo de governador do DF após passar 65 dias afastado. No Palácio do Buriti, deu entrevista à coluna sobre prioridades
Sessenta e cinco dias após ficar afastado do cargo de governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) voltou ao comando do Governo do DF e, em entrevista à coluna Grande Angular, prometeu melhorias na saúde, falou sobre reajuste dos servidores públicos, implantação de trabalho híbrido e combate ao feminicídio.
Ibaneis afirmou que vai se reunir com o secretariado nos próximos dias para definir quais medidas tomará nas diversas áreas de atuação do Executivo. O emedebista adiantou que cobrará o andamento de obras atrasadas.
“Acho que tem muita coisa no Distrito Federal que dá para andar mais rápido. Vou trabalhar cobrando muito dos meus secretários, administradores e presidentes de empresas para que a gente faça as entregas que eu me comprometi durante a campanha”, afirmou.
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“Acho que essa questão das obras… Tivemos um período de chuvas muito intenso que gerou muitos atrasos, então vou me reunir com o pessoal das pastas relacionadas às obras. Nós temos que fazer as entregas que nos comprometemos e temos muita coisa para lançar de novas obras no DF. Temos que acelerar o governo”, disse.
Na área da saúde, o governador disse que irá lançar o edital do Hospital do Guará até o mês que vem e, até junho, o edital do Hospital de São Sebastião. Ibaneis também anunciou a construção do Hospital do Recanto das Emas.
O governador afirmou que concordou com a demissão da presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Mariela Souza, e admitiu que a saúde da capital federal precisa melhorar. “Contratamos mais de 1 mil servidores na área da saúde. Não é pouco. A secretária Lucilene está fazendo um belíssimo trabalho. Acho que a mudança que a [vice-governadora] Celina fez no Iges se fazia necessária, em que pese o belo trabalho que a Mariela fez nesse período – ela pegou o Iges com dívida de quase R$ 1 bilhão e conseguiu adequar as contas. Mas precisamos avançar muito”, disse.
“A saúde é uma área muito cobrada. Nós fizemos expansão durante o governo passado, construindo mais Unidades de Pronto Atendimento, contratando pessoal. Mas temos muito que avançar”, admitiu.
Servidor
De volta ao cargo de governador, Ibaneis disse que reunirá os secretários para discutir a implantação de um sistema híbrido de trabalho em determinadas áreas do GDF. Os servidores distritais tiveram de encerrar o home office no último dia 27 de fevereiro, após período de trabalho feito em casa em função da pandemia de Covid-19.
“O teletrabalho hoje é uma realidade. Os tribunais funcionam em teletrabalho. Acho que nós temos que fazer uma ampla discussão sobre o tema. Determinadas áreas funcionam muito bem com teletrabalho. Eu vou discutir isso com o secretário de Planejamento [Ney Ferraz] e com as secretarias como um todo, para que a gente possa fazer trabalho, digamos, híbrido”, declarou Ibaneis.
Em relação à suspensão do reajuste de 18%, dividido em três parcelas, Ibaneis afirmou que vai definir as datas para a aplicação do aumento, em reunião com o secretário de Planejamento, Ney Ferraz, e com o de Fazenda, José Itamar Feitosa, até a próxima segunda-feira (20/3).
“É um compromisso o reajuste de 18%, em três parcelas, de forma uniforme para todas as categorias, e eu quero discutir para saber em que dia podemos fazer isso. Eu quero encaminhar o projeto de lei o mais rápido possível”, disse.
Assista à entrevista na íntegra:
por Isadora Teixeira e Samara Schwingel – Metrópoles