Foto: Renato Alves / Agência Brasília Criação de uma agência de investimentos para concentrar demandas do setor é um dos principais projeto...
Foto: Renato Alves / Agência Brasília
Criação de uma agência de investimentos para concentrar demandas do setor é um dos principais projetos encaminhados
Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
O crescimento de 4,3% da economia do DF em 2022 em relação a 2021 – acima do índice nacional, de 2,9% – teve grande participação da indústria, com aumento de 10,3% no setor. Para seguir nesse rumo, a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) entregou ao Governo do Distrito Federal (GDF) e à Câmara Legislativa (CLDF) um documento com projetos para o desenvolvimento industrial.
Essa parceria da indústria com o Executivo e o Legislativo foi reforçada pelo governador Ibaneis Rocha e pelo presidente da CLDF, Wellington Luiz, durante a entrega da Agenda Legislativa da Indústria do DF 2023, nesta quarta-feira (17), no SIA.
“Vocês podem contar com o governo para encaminhar as pautas da indústria, sempre com segurança jurídica”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. “Fico feliz de receber essa agenda, que será estudada e desenvolvida em parceria com o setor produtivo para avançarmos cada vez mais. Essa agenda não é só da Fibra, é do povo e do governo do DF.”
O documento traz 22 proposições que tramitam na Câmara Legislativa e afetam o trabalho da indústria em temas de política tributária e fiscal, administração pública, política urbana e meio ambiente, relações do trabalho e assuntos econômicos. Um dos principais pedidos é a criação de uma agência de investimentos por meio da qual o setor possa concentrar as demandas – tema já encaminhado pelo GDF.
“Precisamos desse ambiente que agregue, comande e dê agilidade aos processos da indústria no DF; hoje, eles são morosos e desestimulam os empreendedores”, ponderou o presidente da Fibra, Jamal Bittar, confiante na criação da agência.
As mãos do governo
“Investir na indústria é investir no povo”Jamal Bittar, presidente da FibraO crescimento do DF é uma via de mão dupla. Do lado do governo, iniciativas como Pró-Economia I e II ampliaram a linha de crédito e facilitaram o processo de retomada da economia. Já com os programas de renegociação de dívidas, o GDF vai receber, dentro de dez anos, um montante de R$ 4,1 bilhões, uma vez que os Refis I e Refis II contemplaram mais de 66 mil pessoas físicas e 19,9 mil pessoas jurídicas.
Outra frente de atuação são os programas de capacitação profissional. Somente dois deles, o Qualifica DF e o RenovaDF, somam 35 mil pessoas treinadas e encaminhadas ao mercado de trabalho desde 2021. Para este ano, a expectativa é que mais 45 mil trabalhadores passem por algum dos projetos capitaneados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Com essas e outras medidas, o DF melhorou seu ambiente de negócios, sendo apontado em primeiro lugar do Centro-Oeste no Índice de Concorrência dos Municípios (ICM), elaborado pelo Ministério da Fazenda.
“Brasília tem uma vocação para a indústria tecnológica, de ponta”, reforçou Jamal Bittar. “Investir na indústria é investir no povo. As sociedades industrializadas chegam a ter 60% mais de renda do que as não industrializadas. Brasília precisa muito das instituições e do governo.”