Reprodução/PL Ex-presidente Bolsonaro participou neste sábado (29/7) de evento do PL Mulher, em SC; Michelle e governador Jorginho Mello pre...
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Ex-presidente Bolsonaro participou neste sábado (29/7) de evento do PL Mulher, em SC; Michelle e governador Jorginho Mello prestigiaram
Em evento do PL Mulher em Santa Catarina, neste sábado (29/7), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu a transferência de R$ 17,2 milhões recebidos por Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho e reclamou da inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho.
“Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix há poucas semanas. Mais do que o valor depositado, quase 1 milhão de pessoas colaboraram, de R$ 0,20 a R$ 20, em média”, disse ao discursar.
“Muito obrigado, dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a dona Michelle”, brincou.
Bolsonaro chegou ao palco ao lado do governador do estado e correligionário do PL, Jorginho Mello.
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Doações
Em junho deste ano, bolsonaristas se juntaram em uma campanha para arrecadar dinheiro para que Bolsonaro quitasse uma dívida ativa com o estado de São Paulo no valor de R$ 1.062.416,65 pelo não uso de máscara durante a pandemia de Covid-19.
Segundo o Conselho e Controle de Atividades (Coaf), só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente da República recebeu mais de 769 mil transações via Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80. Durante o mesmo período, Bolsonaro movimentou um total de R$ 18.498.532.
As informações foram enviadas à CPI dos Atos Antidemocráticos, do Congresso.
O Coaf detalha que o PL foi o responsável pela maior doação, no valor de R$ 47,8 mil — montante enviado em dois lançamentos. Outros 18 nomes depositaram entre R$ 5 mil e 20 mil na conta do ex-presidente.
São empresários, advogados, pecuaristas, militares, agricultores, estudantes e duas pessoas identificadas pelo Coaf como “do lar”. Há ainda três empresas. Só uma delas depositou R$ 9.647 na conta do ex-presidente em 62 lançamentos.
Os advogados de Bolsonaro dizem que o dinheiro recebido é proveniente de “milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, de origem absolutamente lícita”.
Por meio de nota, os defensores disseram ainda considerar que o vazamento das informações bancárias de Bolsonaro em relatório do Coaf são “criminosas”.
Inelegibilidade
Ainda no evento em Santa Catarina, Bolsonaro se queixou da inelegibilidade, que o impede de concorrer a qualquer cargo eletivo por oito anos, a contar de 2022.
“Triste é o país em que autoridades do Judiciário punem os seus cidadãos não pelos seus erros, mas pune pelas suas virtudes. Me tiraram o direito político, mas isso não nos abala, temos milhares de sementes por todo o Brasil. E essa nova força que aparece com o conhecimento e com vontade de vencer é muito grande”, afirmou.
O ex-mandatário foi condenado, com o placar de 5 a 2, pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores em julho de 2022. O TSE entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
PL Mulher em Santa Catarina
O evento do PL Mulher aconteceu no Stage Music Park, em Jurerê, Florianópolis. O intuito era incentivar mulheres e jovens do partido a participarem da política.
Estrela do evento, Michelle Bolsonaro conclamou as mulheres a participarem da política e garantiu cursos de capacitação para prepará-las.
“Confiem no PL, se candidatem, que estaremos aqui fortalecendo. Queremos aumentar o número de vereadoras e de prefeitas para 2024”, disse ela.
“Nós não queremos competir com os homens, nós apenas queremos ajudá-los. Nós queremos somar com ideias”, completou.
Bolsonaro aproveitou a ocasião para defender a participação das mulheres na política, “não por cotas, mas por vontade de, realmente, querer mudar o destino do seu país”.
Em seguida, Michelle chamou o esposo de “eterno presidente” e “grande líder que resgatou o amor à pátria”. A presidente nacional do PL Mulher ainda abordou o atentado à faca sofrido por Bolsonaro em setembro de 2018. “O que nós passamos no atentado não é para qualquer um. Nós tínhamos e temos uma missão a cumprir”, disse ela.
Por Flávia Said - Metropoles