Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Dois editais para construção de hospitais foram lançados e estão suspensos para adequações determinada...
Dois editais para construção de hospitais foram lançados e estão suspensos para adequações determinadas pelo TCDF
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou prioridade na construção de três novos hospitais na capital do país para atender às demandas da população. Na lista do titular do Palácio do Buriti, há projeto para erguer nova unidade de saúde após a conclusão das primeiras.
Ibaneis afirmou à coluna Grande Angular, nessa terça-feira (25/7), que os hospitais do Recanto das Emas e de São Sebastião e o Clínico Ortopédico do Guará estão no topo da lista de importância. “Depois disso, vem o novo Hospital do Gama”, frisou o governador.
A Secretaria de Saúde do DF disse que escolheu essas regiões para instalar as novas unidades porque não existem, atualmente, leitos hospitalares ou portas de emergência em pediatria nessas localidades.
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) já publicou os editais para contratação das empresas responsáveis pela construção dos hospitais no Guará e no Recanto das Emas. Mas as licitações foram suspensas para adequações determinadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), no dia 24 de maio.
Na série de solicitações do TCDF está, por exemplo, a exigência de comprovação, “de forma incontestável”, de que a opção pelo regime de contratação integrada é a melhor para o interesse público.
O TCDF também alertou a Secretaria de Saúde do DF para realizar, em conjunto com a Novacap, o estudo de necessidades de contratação de pessoal que vai trabalhar nos futuros hospitais.
A Novacap prevê pagar R$ 204,3 milhões pelo Hospital Clínico Ortopédico do Guará (HCO), que deverá ter 160 leitos, dos quais 90 são de internação ortopédica, 50 de internação clínica e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O HCO também terá centro cirúrgico com seis salas de cirurgia, laboratório de apoio, diagnóstico por imagem e ambulatório para prosseguimento de pacientes transferidos.
A construção do Hospital do Recanto das Emas (HRE) deve sair por R$ 147,6 milhões. O projeto prevê que o HRE tenha 100 leitos (60 de clínica médica, 30 para crianças e 10 de UTI), centro cirúrgico e pronto-socorro.
O governador disse que as exigências feitas pelo TCDF “estão sendo cumpridas”.
São Sebastião
O edital para o Hospital de São Sebastião (HSS) ainda não foi lançado porque está em fase de aprovação de recursos, segundo a Secretaria de Saúde do DF.
O HSS deverá ter 100 leitos, centro cirúrgico, ambulatório com dois consultórios e praça externa de convivência para a comunidade, com auditório, capela e anfiteatro. A pasta informou que o Hospital de São Sebastião servirá de “retaguarda para as 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)” da capital da República.
Por conta da proximidade com o Complexo Penitenciário da Papuda, a Secretaria de Saúde do DF planeja criar leitos de enfermaria prisional no HSS.
“Dentro do campo da assistência, o hospital será uma unidade de saúde terciária, de alta performance, capaz de realizar transplantes, neurocirurgia e cuidados neonatais de alta complexidade”, afirmou a pasta.
Na Fercal
O governador do DF disse que também irá estudar o pedido de moradores da Fercal, intermediado pelo vice-presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputado distrital Ricardo Vale (PT), para construir um hospital na região administrativa.
Em resposta à solicitação do parlamentar, a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) indicou dois terrenos, cada um com 2 hectares, onde eventualmente pode ser instalado um hospital.
“Em virtude da ocupação desordenada da Fercal, não é simples delimitar os espaços para os equipamentos públicos na cidade. Essa questão era o maior impeditivo para o sonho da unidade de saúde, e conseguimos superá-la. Agora, precisamos lutar por recursos para concretizar esse sonho. Precisamos da parceria do GDF com o Governo Federal, e atuarei diretamente na articulação política para garantir esses investimentos”, disse Ricardo Vale.
Por Isadora Teixeira - Metrópoles