Michael Brian, de 13 anos, coleciona medalhas de atletismo e faz parte de programa do GDF de formação de novos destaques esportivos Disputar...
Michael Brian, de 13 anos, coleciona medalhas de atletismo e faz parte de programa do GDF de formação de novos destaques esportivos
Disputar as Olímpiadas de 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos, é o objetivo do jovem Michael Brian, de 13 anos, um dos atletas prodígios amparados pelo Projeto Futuro Campeão (PFC), da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL). Com apenas 6 anos, ele descobriu a vocação para o atletismo e, desde então, investe na modalidade como uma alternativa de carreira para o futuro.
A paixão do garoto pelo atletismo, inclusive, rendeu a ele o apelido de “Boltinho do DF”, em referência ao renomado ex-velocista e multicampeão olímpico Usain Bolt, considerado um dos maiores nomes do esporte e o homem mais rápido do mundo. “Ele é uma inspiração para mim, com certeza. Eu imagino um futuro muito grande para mim. Com fé em Deus, quero estar nas Olimpíadas, em 2028, trazendo medalhas para o nosso Brasil”, narra.
Michael Brian conquistou 61 pódios em 65 corridas disputadas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília
O sonho de disputar uma competição olímpica ainda está distante para Michael, mas o talento do jovem velocista já é realidade. Os números impressionam: desde que começou a competir, ele já conquistou 61 pódios em 65 corridas disputadas. Para disputar os campeonatos, o pequeno brasiliense contou com apoio do Compete Brasília, programa que concede transporte aéreo e terrestre para que atletas de alto rendimento possam competir.
A conquista mais recente de Michael ocorreu há poucos dias, em São Paulo. Com apoio do GDF, ele conquistou uma medalha de bronze na categoria sub-14 da 5ª Copa Futuro ao correr 800 metros em incríveis 2 minutos, 23 segundos e 20 centésimos. Foi a primeira vez disputando a modalidade.
Pai de Michael, Bruno Silveira se orgulha do filho: rotina de gente grande
É em provas de 100, 200 e 400 metros rasos que o garoto acumula os melhores resultados. Para isso, o adolescente conta com toda estrutura do Centro Olímpico e Paralímpico (COP) Parque da Vaquejada, no P Norte, em Ceilândia. “Antes de vir para o COP eu treinava no asfalto, nunca tinha pisado em uma pista profissional”, diz.
“Eu sempre soube que meu futuro estaria na pista. Treinar no asfalto era muito ruim, eu precisava de um tênis muito bom pra treinar. Preciso agradecer muito ao GDF e à Secretaria de Esportes. Se não fosse por eles, eu não teria essa oportunidade de treinar com essa estrutura e não estaria viajando para competir”, acrescenta.
O pai de Boltinho, Bruno Silveira, de 41 anos, é salva-vidas no COP. Ele garante que o filho, apesar da pouca idade, tem rotina de treinamentos de gente grande. “Às segundas, quartas e sextas-feiras ele tem treino na pista. Às terças e quintas, ele realiza treinamentos de regeneração muscular e de fortalecimento da função cardiopulmonar”, explica.
Inspiração
O diretor do COP Parque da Vaquejada, Kelesmir de Brito, quer ajudar Brasília a ganhar cada vez mais projeção como celeiro de talentos esportivos
Além da estrutura oferecida pelo GDF, o garoto tem uma ajuda muito especial no dia a dia. Michael tem o ex-atleta olímpico Eronildes Araújo como um dos professores de atletismo no COP. Araújo foi recordista sul-americano nos 400 metros com barreiras, em 1995, e conquistou três medalhas de ouro nos jogos Pan-Americanos de 1991,1995 e 1999.
Hoje, o ex-atleta ajuda a formar os novos talentos brasilienses. “Michael é um bom aluno, educado, esforçado. A gente está ajudando ele para que, no futuro, ele seja um atleta de nível mundial, de Olimpíadas”, enfatiza.
O garoto, mesmo que ainda novo, também é uma referência para os mais de 4,5 mil atletas que treinam nas mais diversas modalidades ofertadas no COP. “Queremos ajudar a formar grandes talentos e atletas como o Boltinho. Nossa expectativa é ajudar Brasília a ser um celeiro de grandes nomes do esporte nacional”, defende Kelesmir de Brito, diretor do centro.
Para Brito, além de capacitar atletas, o COP tem desempenhado importante papel social para os moradores da região. “É importante demais estarmos nessa localidade. Os relatos e testemunhos que ouvimos das pessoas que participam das atividades aqui é de que o COP mudou a vida deles para melhor”.
“Os nossos Centros Olímpicos e Paralímpicos são verdadeiros celeiros de atletas. O resultado do Michael muito nos orgulha, pois sabemos que o trabalho que está sendo realizado nos COPs está rendendo bons frutos. Por isso investimos tanto nesse projeto, que oportuniza o esporte de qualidade a toda comunidade do DF”. Secretário de Esporte e Lazer, Julio Cesar Ribeiro.
Agência Brasília