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Técnicas inovadoras de combate reduzem casos de dengue no DF

Agência Brasília Ações incluem armadilhas e reprodução de insetos incapazes de propagar a doença; levantamento aponta redução de 61,9% no nú...

Agência Brasília

Ações incluem armadilhas e reprodução de insetos incapazes de propagar a doença; levantamento aponta redução de 61,9% no número de doentes nos sete primeiros meses do ano

A prevenção à proliferação e o combate ao mosquito Aedes aegypti caminham de forma integrada nas ações do Governo do Distrito Federal (GDF), essenciais para evitar a proliferação de dengue, zika e chikungunya. Segundo o Boletim Epidemiológico nº 30, publicado em 28 de julho, os casos prováveis de dengue em residentes do DF continuam em queda. A diminuição é de 61,9% em relação aos sete primeiros meses do ano passado. Também não houve registro de mortes. Em 2022, no mesmo período, foram 13 óbitos.

“Temos feito um trabalho conjunto com outros órgãos do GDF, como Corpo de Bombeiros, administrações regionais e DF Legal [Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística], para combater o mosquito”, revela o diretor da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Jadir Filho.

Ações de combate à dengue envolvem vários órgãos do Governo do Distrito Federal | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Entre as técnicas usadas estão o controle químico com inseticida, o uso de armadilhas para monitorar e controlar o mosquito, as inspeções feitas pelos agentes de vigilância rotineiramente às residências e imóveis nas regiões administrativas e o trabalho educativo para conscientizar a população.

Além disso, o GDF implementou o método Wolbachia nas estratégias de combate ao Aedes aegypti. A técnica consiste na liberação de mosquitos contaminados com bactérias Wolbachia, micro-organismo que reduz o potencial para a transmissão das doenças. Assim, com o tempo, é esperado que a população de mosquitos incapazes de transmitir dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana seja maior que a dos potencialmente transmissores.

Apesar de o mosquito ter a multiplicação no período chuvoso – normalmente entre os meses de outubro a maio -, o serviço de prevenção permanece o ano inteiro. “Já seria uma época confortável por conta da sazonalidade da doença, até considerando o começo do ano, que são os meses mais críticos, quando conseguimos ter redução em relação ao ano passado, só que o mosquito vai se adaptando ao ambiente. Mesmo com as condições desfavoráveis da seca, ele consegue se reproduzir. Por isso é importante pensarmos estrategicamente”, acrescenta Filho.

Apesar de o mosquito ter a multiplicação no período chuvoso, o serviço de prevenção permanece o ano inteiro | Fotos Tony Oliveira/ Agência Brasília

Segundo o diretor da Vigilância Ambiental, durante esse período, o foco é o manejo ambiental, com a retirada de entulhos e inservíveis de terrenos baldios e a vistoria de residências e comércios. “Continuamos esse trabalho para que seja mais efetivo o controle quando for iniciado o período de chuvas. Tudo isso auxilia a diminuir possíveis internações e óbitos pela doença. É uma atuação muito importante para não sobrecarregar toda a rede de saúde do DF”, defende Jadir Filho.

Doenças

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti a partir da picada da fêmea. Os principais sintomas são febre alta (acima de 38ºC), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Mas também há casos assintomáticos. A forma mais grave inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

O mosquito também é o transmissor de mais três enfermidades: chikungunya, zika e febre amarela. No caso da chikungunya, o paciente infectado com a arbovirose apresenta febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e erupção na pele. A zika tem como principal sintoma a erupção na pele seguida de coceira, febre baixa, olhos vermelhos, dor nas articulações, nos músculos e na cabeça. As manifestações de febre amarela são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça e muscular, náuseas e vômitos.

Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

Dengue

Doença

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada.

Desta forma, o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, assim, para a maior disseminação da doença. Por esse motivo, é importante evitar água parada, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

É necessário que cada um faça sua parte e que seja um trabalho constante.


Sintomas

Os principais sintomas da dengue são:Febre alta > 38°C.
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos.
Mal estar.
Falta de apetite.
Dor de cabeça.
Manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito.

A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Tratamento

Como a dengue é uma doença viral, o tratamento é feito para aliviar os sintomas, por meio da prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso. Portanto, ao primeiro sinal dos sintomas, procure um médico ou o serviço de saúde mais próximo de você.

Prevenção

Não existem medicamentos contra o vírus da dengue nem uma vacina preventiva. Logo, a medida mais efetiva é a eliminação das condições de reprodução do mosquito, mantendo o espaço sempre limpo e eliminando os possíveis acúmulos de água.


Fonte: www.saude.df.gov.br