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Eleições 2024: Prefeitos de 20 capitais poderão tentar novo mandato; VEJA NOMES

Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE Cinco deles são vices que chegaram ao cargo após a morte ou a renúncia dos titulares. Os outros 15 podem tentar...

Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE
Cinco deles são vices que chegaram ao cargo após a morte ou a renúncia dos titulares. Os outros 15 podem tentar reeleição em 2024. Candidaturas ainda precisam ser lançadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral, mas movimentações já começaram.
Por Marina Pinhoni, Gabriel Croquer, g1
Mapa mostra em quais capitais brasileiras os prefeitos e prefeitas estão aptos à reeleição. — Foto: Foto: Luisa Rivas/g1
Os prefeitos de 20 capitais vão poder tentar um novo mandato na eleição de 2024, que ocorre em outubro (veja na tabela acima). O número é maior do que o de 2020, quando 14 estavam nessa situação.
Isso acontece porque, em 2024, há um número maior de prefeitos de capitais (15) que podem concorrer à reeleição (são permitidos até 2 mandatos consecutivos no Brasil) ou que chegaram ao cargo após a renúncia ou morte dos titulares e, agora, podem tentar a 1ª eleição como cabeças de chapa (5 ao todo).
Nesse último caso estão os ex-vices Ricardo Nunes (MDB), que assumiu a Prefeitura de São Paulo após a morte de Bruno Covas (PSDB) em 2021; e Rogério Cruz (Republicanos), que sucedeu a Maguito Vilela (MDB) na Prefeitura de Goiânia.
Também se tornaram titulares e podem concorrer em 2024 Fuad Noman (PSD), Belo Horizonte, Adriana Lopes (PP), em Campo Grande, e Topázio Neto (PSD), em Florianópolis. Eles substituíram Alexandre Kalil (PSD), Marquinhos Trad (PSD) e Gean Loureiro (União), que renunciaram para concorrer ao governo de seus estados em 2022.
Se eleitos, esses 5 podem tentar se reeleger em 2028.
Cresce nº de possíveis candidatos à reeleição
Além dos ex-vice, 15 prefeitos de capitais podem tentar mais um mandato em 2024 por meio da reeleição. São eles:
Prefeitos eleitos em 2020 que podem se reeleger em 2024
Capital Prefeito (a)
Belém (PA) Edmilson Rodrigues (PSOL)
Boa Vista (RR) Arthur Henrique (MDB)
Fortaleza (CE) José Sarto (PDT)
João Pessoa (PB) Cí­cero Lucena (PP)
Macapá (AP) Antônio Furlan (Podemos)
Maceió (AL) JHC (PL)
Manaus (AM) David Almeida (Avante)
Porto Alegre (RS) Sebastião Melo (MDB)
Recife (PE) João Henrique Campos (PSB)
Rio Branco (AC) Tião Bocalom (PP)
Rio de Janeiro (RJ) Eduardo Paes (PSD)
Salvador (BA) Bruno Reis (União)
São Luís (MA) Eduardo Braide (PSD)
Teresina (PI) Dr. Pessoa (MDB)
Vitória (ES) Lorenzo Pazolini (Republicanos)
Fonte: TSE e Radar Governamental
O número é maior que o de 2020, quando 10 prefeitos de capitais podiam tentar se reeleger.
O cenário é semelhante pelo país: em 2024, 81% dos 5.568 prefeitos eleitos podem, em tese, concorrer à reeleição. Em 2020, esse mesmo percentual era de 75% (o número de candidatos tende a ser menor em razão de mortes e renúncias, por exemplo).
O que explica aumento de possíveis reeleições?
O aumento de prefeitos que podem se reeleger em 2024 é causado por um movimento dos eleitores que, nos últimos anos, acreditaram em novos nomes que prometiam renovação política, comportamento contrário do que acontece atualmente, diz a CEO da consultoria Radar Governamental, Juliana Celuppi.
"Voltamos para o status de tradicionalmente reeleger governantes. Nos cenários dos anos anteriores, tanto em 2016 quanto em 2020, em muitos casos a população escolheu nomes que, de alguma forma, representavam renovação - João Doria (São Paulo), Alexandre Kalil (Belo Horizonte), João Campos (Recife) são alguns exemplos".
Outro componente, diz Celuppi, é que muitos prefeitos bem-avaliados optaram por concorrer a outro cargo, o que abriu caminho para seus vices disputarem – como os casos de Bruno Covas (PSDB) em São Paulo, que assumiu a prefeitura quando João Doria (PSDB) deixou o cargo para disputar o governo de São Paulo, e se elegeu em 2020; e Cinthia Ribeiro, que se tornou prefeita de Palmas após a saída de Carlos Amastha – que acabou por desistir da disputa.
Como estão as movimentações
A entrada na disputa eleitoral não é automática. Para tentar um novo mandato, os prefeitos precisam ser sua candidatura lançada por seus partidos – o que acontece de julho a agosto – e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Alguns deles já declararam publicamente o interesse em disputar um novo mandato – ou são colocados como candidaturas certas por integrantes de seus partidos.
É o caso de Salvador (BA), onde o ex-prefeito e secretário geral do União Brasil, ACM Neto, afirmou em entrevista à imprensa local que Bruno Reis vai ser candidato à reeleição.

Em São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB) já admitiu que procura vice e que recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Gilberto Kassab (PSD).

Em Florianópolis, o PSD também dá como certa a candidatura de Topázio Neto. Em Fortaleza (CE), o mesmo acontece com o PDT e José Sarto.

Pesquise a situação em cada capital

Veja quantos prefeitos de capitais cada partido tem


Calendário Eleitoral de 2024

No começo de janeiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou novas regras para as eleições de 2024. As propostas serão discutidas e precisam ser aprovadas até março.

Em relação à legislação, serão aplicadas pela primeira vez, em eleições municipais, as novas normas que tratam da violência política contra a mulher, a divulgação de notícias falsas na campanha eleitoral e a divisão de recursos de campanha para candidaturas femininas.

A eleição municipal também terá o uso de novo modelo de urnas eletrônicas — a UE2022.

O início do prazo para que políticos troquem de partido sem perder o mandato, a chamada janela partidária, vai de 7 de março a 5 de abril. Já o prazo final para novos eleitores tirarem o título, para a regularização de títulos com pendências e para a mudança de local de votação, é dia 8 de maio.

*Colaboraram: g1 RR, Joana Caldas, Ranniery Melo, Augusto Sobrinho, Angélica Nunes, Josi Paixão, g1 RS, Renato Menezes, g1 Rio, Rafaela Paixão, Rafaelle Fróes, g1 SP e Pedro Lima.