Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Foram notificados 2.054 casos prováveis da doença entre 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2...
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília |
Foram notificados 2.054 casos prováveis da doença entre 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024 contra 669 casos de 31 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro de 2023
Após a Secretaria de Saúde anunciar que o número de casos prováveis de dengue aumentaram 207%, o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu investir R$ 8 milhões na contratação de 150 agentes de vigilância ambiental (AVAs) para atuar no combate ao Aedes aegypti.
O anúncio foi feito pela governadora em exercício Celina Leão (PP) durante reunião com secretários de governo, presidentes de empresas e administradores regionais nesta sexta-feira (12). Nela foram alinhadas estratégias de prevenção e enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Foram notificados 2.054 casos prováveis da doença entre 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024 contra 669 casos de 31 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro de 2023.
Ceilândia, Varjão e Brazlândia lideram as cidades com mais casos, mas há registro em todas as áreas do DF, o que reforça a necessidade de todos os moradores cuidarem de suas residências.
Multa por descarte irregular
Durante a reunião, a governadora em exercício determinou que a DF Legal multe os lotes por descarte irregular e também que o GDF limpe as áreas de sua responsabilidade. Outra solução encaminhada é o plantio de mudas em áreas utilizadas como lixão, um trabalho já feito pelo SLU e que deve ser reforçado pela Novacap, com 100 mil mudas à disposição para este ano.
“A dengue não adianta só o governo fazer, precisamos de todos, mas as nossas ações também são necessárias. Esse enfrentamento não é um simples memorando, nós temos que ir nas áreas mais atingidas e fazer a prevenção no que cabe ao Estado”, determinou a governadora em exercício Celina Leão.
A chuva também foi uma das pautas, principalmente pela grande precipitação registrada no início do ano. “Tivemos uma semana desafiadora, choveu em um dia o que era para chover no mês inteiro. Tivemos vários desafios e com postura, com um grupo de lealdade, enfrentamos os problemas”, acrescentou.
Celina Leão lembrou também da ação de combate à dengue no próximo sábado, em Ceilândia, no P Sul, a partir das 10h, onde foi registrado um aumento de casos de dengue neste início do ano.
A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, também participou da reunião e lembrou da necessidade de um trabalho conjunto e que não há fronteira para o mosquito. “O mapa da dengue praticamente está ocupando todo o Brasil. A Argentina declarou estado de emergência por conta da dengue. O mosquito não respeita fronteiras e temos o agravante do Entorno. Somos do mesmo lado e a Saúde precisa que as regiões administrativas tirem carcaças das ruas, tirem resíduos sólidos, atuem nas ruas”, pediu.
Faça sua parte em casa
Dados da Secretaria de Saúde apontam que 94% das larvas são encontradas nas residências. Ou seja, o combate à dengue deve ser reforçado dentro das residências. A pasta sugere que cada família dedique cerca de dez minutos, semanalmente, para identificar todos os recipientes que possam acumular água e servir à proliferação do Aedes aegypti: baldes, potes, pingadeiras, garrafas, tonéis, vasos, calhas, entre outros.
Nas ruas, diariamente, cerca de 700 profissionais dos 15 núcleos de Vigilância Ambiental vistoriam imóveis em busca do Aedes aegypti. Eles atuam na inspeção, verificação e eliminação de possíveis criadouros. Também são verificados terrenos abandonados, borracharias, floriculturas e outros considerados de risco para a proliferação.
Sintomas
Além de aprender como eliminar o mosquito, é necessário estar atento aos sintomas. Os principais são: febre alta (acima de 38º C); dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo.
A orientação é procurar uma das 178 unidades básicas de saúde (UBSs), onde as equipes estão preparadas para fazer o acolhimento dos usuários e oferecer a hidratação calculada conforme o peso. As UBSs são os locais indicados para esse atendimento.
É indicado o repouso absoluto, pois não há um remédio específico para a doença. Na maioria dos casos leves, a dengue tem cura espontânea após dez dias.
As informações são da Agência Brasília