Mais de 5 milhões de pratos já foram distribuídos nas unidades de janeiro a maio. Pratos quentes serão servidos nesta quarta (12) e nos dias...
Sopas e caldos foram incluídos no cardápio de jantar dos restaurantes comunitários deste mês. A medida do Governo do Distrito Federal (GDF), promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), visa esquentar a população nas noites frias de inverno. Atualmente, o jantar está disponível em cinco unidades, ao custo de R$ 0,50, das 17h às 19h – Arniqueira, Itapoã, Planaltina, Recanto das Emas e Sol Nascente/Pôr do Sol.
Os pratos começaram a ser servidos no começo deste mês e vão estar disponíveis nos dias 12, 20, 23, 24 e 28. O cardápio inclui caldo de mandioca com carne bovina, caldo verde com frango e batata, caldo de feijão, macarrão e carne, caldo de mandioca com frango, e sopa de frango, macarrão e legumes. Acesse aqui o cardápio mensal dos restaurantes comunitários.
Ao custo total de R$ 2, o cidadão se alimenta nas três principais refeições do dia de forma saudável e equilibrada, sendo R$ 0,50 o café da manhã, R$ 1 o almoço e R$ 0,50 o jantar. De janeiro a maio deste ano, já foram servidas 5.457.989 refeições, incluindo todos os restaurantes comunitários. As unidades com maior distribuição são a de Planaltina, Arniqueira, Sol Nascente, Ceilândia e Recanto das Emas.
A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Vanderlea Cremonini, destaca a importância de oferecer refeições nutricionalmente equilibradas a toda a população do DF. “Todas as nossas sopas e caldos contam com proteínas, tanto a carne bovina ou o frango desfiado ou em pedaços, junto a carboidratos, que podem ser macarrão ou até mandioca e batata, que dão uma encorpada na refeição. Complementamos com legumes mais leves, que enriquecem a comida”, explica.
“A sopa é uma refeição afetiva, que combina com o frio e dá aquele quentinho no coração” Vanderlea Cremonini, subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional.
“A sopa é uma refeição afetiva, que combina com o frio e dá aquele quentinho no coração. Buscamos trabalhar a humanização nos restaurantes comunitários para que os espaços sejam um ambiente familiar, em que pais e filhos vão para comer uma refeição saborosa e equilibrada”, observa Cremonini.
Para os vizinhos Francisco Sales de Souza, 33 anos, e Renato Limeira da Silva, 53, a diversificação do cardápio é muito bem-vinda. Os dois estão desempregados e, caso não tivessem acesso aos restaurantes comunitários, teriam dificuldades para manter a alimentação. “Eu já fui em todos, praticamente: Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Itapoã… E sou feliz assim, pago pouco e como muito bem”, revela Francisco.
“Eu venho a pé para cá (unidade de Arniqueira). Tenho cadastro aqui, então não pago. Acho ótimo. A comida é gostosa e saudável. O que a acho bom porque minha pressão estava muito alta e aí não posso exagerar nas coisas”, comenta Renato.
Quem também utiliza o restaurante comunitário de Arniqueira com frequência é a auxiliar de limpeza Francisca Moura, 54. Ela garante a janta e o almoço do dia seguinte, uma vez que é permitido que cada cidadão compre até duas refeições. “Com o preço das coisas ultimamente, fica difícil manter as contas em dia. Então, eu venho para cá depois do trabalho, janto e já compro o do outro dia. Assim vou economizando e conseguindo manter a casa”, diz ela, que mora com a filha, que está desempregada, e a neta.
Suporte
A meta do GDF é que todos os restaurantes comunitários ofereçam café, almoço e jantar e que funcionem de domingo a domingo, incluindo feriados. A ampliação é executada conforme a renovação e mudança nos contratos da Sedes-DF, gestora dos restaurantes, com as empresas terceirizadas responsáveis pela produção de alimentação do equipamento. À medida que forem vencendo os contratos antigos, todos os novos passarão a prever as três refeições e abertura de domingo a domingo.
Ainda neste ano outros dois restaurantes comunitários serão inaugurados. Um está localizado no Varjão, com emprego de R$ 6,6 milhões para servir aproximadamente 2,4 mil refeições por dia. O outro, no Setor de Expansão, em Samambaia, ao custo total de R$ 7,5 milhões, deve disponibilizar 5.150 refeições diariamente. As duas novas unidades serão entregues à população já com horário ampliado, de domingo a domingo, e com o café, almoço e jantar previstos no cardápio.
Desde o início de maio, os 16 restaurantes comunitários do Distrito Federal ofertam gratuitamente todas as refeições para pessoas em situação de rua. Esse público é acompanhado pelas equipes de Abordagem Social desde 2020, com garantia do almoço nos equipamentos. Com o decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha, os restaurantes também passaram a oferecer café da manhã e jantar, conforme capacidade de atendimento de cada unidade.
“As pessoas em situação de rua são as que mais sofrem os impactos das baixas temperaturas” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social.
“As pessoas em situação de rua são as que mais sofrem os impactos das baixas temperaturas”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Nós já começamos a enfrentar essa questão com a refeição gratuita à população de rua em qualquer restaurante comunitário. Providenciamos também o cardápio deste mês com sopas e caldos, por serem nutritivas e manterem a temperatura corporal por mais tempo em dias frios. E seguimos atentos ao alerta da Defesa Civil para o caso de propormos ações mais incisivas.”
Veja o endereço e as refeições servidas em cada Restaurante Comunitário.
Fonte: Agência Brasília