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“Sou mulher e sou política, sim!” foi o tema do 4° episódio do RepubliCast

Maria Rosas (SP) e Rogéria Santos (BA) falaram sobre os desafios enfrentados durante a campanha eleitoral Brasília (DF)  – O quarto episódi...

Maria Rosas (SP) e Rogéria Santos (BA) falaram sobre os desafios enfrentados durante a campanha eleitoral

Brasília (DF) – O quarto episódio do RepubliCast, desta quinta-feira (27), foi dedicado às mulheres e à participação delas na política. Conduzido pela coordenadora da Agência Republicana de Comunicação (ARCO), Helen Assumpção, o programa recebeu as deputadas federais Maria Rosas (SP) e Rogéria Santos (BA) para um papo sobre os desafios enfrentados pelas mulheres durante campanhas eleitorais. A transmissão, realizada ao vivo dos estúdios do RepubliCast, contou com a parceria da Fundação Republicana Brasileira (FRB) e da Loja Republicana.

Durante o programa, as deputadas compartilharam informações sobre suas trajetórias, destacando que o trabalho voluntário foi a porta de entrada para a política. Elas enfatizaram que o voluntariado contribui para a escolha das causas que cada parlamentar irá defender.

“Trabalhei em projetos sociais com crianças e pessoas com deficiência, e fui presidente da antiga Pestalozzi de São Paulo por cinco anos, de forma voluntária. Também exerci o voluntariado no Instituto Nacional do Câncer por três anos. Essa experiência foi uma escola que me preparou para desenvolver projetos e políticas públicas voltadas para esse público”, relatou Maria Rosas.

Rogéria, que morou fora do Brasil por quatorze anos, participou de missões humanitárias nesse período. A deputada destacou que o desejo de cuidar das pessoas foi o que a motivou a ingressar na política, e que nesse processo de decisão o apoio familiar é muito importante. “Meu marido era meu motorista, fotógrafo, me ajudava em tudo. Não tínhamos recursos para investir em uma equipe”, disse Rogéria.

Principais projetos

Ao relatarem os principais projetos de lei apresentados na Câmara dos Deputados, Rogéria ressaltou uma de suas bandeiras desde os tempos de vereadora: o projeto de inserção de mulheres na construção civil. “Essa é uma proposta que acompanho de perto e tenho como uma das minhas favoritas, porque tive experiências muito positivas com as mulheres na construção civil em Salvador. O programa “Marias na Construção” foi institucionalizado pela prefeitura de Salvador”, afirmou.

Maria Rosas mencionou um projeto de sua autoria que se tornou lei, estabelecendo que o laudo médico terá prazo de validade indeterminado para deficiências permanentes ou irreversíveis, e de cinco anos para deficiências reversíveis ou progressivas. Além disso, a lei aumenta o prazo de validade da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) de cinco para dez anos. Outro projeto que a deputada acompanha com especial atenção trata do apoio às mães atípicas.

Violência Política

Maria Rosas fez um breve relato sobre a violência política enfrentada pelas mulheres em uma Casa onde a maioria ainda é composta por homens. “Atualmente, somos 91 deputadas federais, o que corresponde a 18% do parlamento. A média mundial é de 26%. O Brasil está bem abaixo da média, mas nós, mulheres, hoje somos responsáveis por 48% dos projetos aprovados na Câmara. Isso é muito gratificante porque mostra o quanto trabalhamos e nos superamos no dia a dia.”

A parlamentar mencionou atitudes constrangedoras enfrentadas pelas mulheres. “Os desafios são muitos. Eu já vi cortarem o microfone de uma deputada ao meu lado e dizerem que ela estava louca. Muitas vezes, nos afastam ou empurram para não sairmos em uma foto. E no interior é ainda pior; muitas mulheres são ameaçadas com frases como ‘aqui não é o seu lugar, você devia estar em casa lavando roupas’, disse.

Ao citar o projeto recentemente aprovado pela deputada licenciada Rosangela Gomes (Republicanos-RJ), que tipifica a violência política como crime, Helen Assumpção destacou a iniciativa do presidente nacional do partido, deputado federal Marcos Pereira (SP), em apoiar as mulheres no combate a essa prática. Pereira tornou o Republicanos referência como o primeiro partido a criar um Observatório Nacional de Combate à Violência Política contra a Mulher.

“Nós temos um presidente que nos apoia, e devemos aprender com ele a sermos articuladoras. Temos que mostrar que somos necessárias e aliadas para transformar os estados e municípios”, ressaltou Rogéria.

Campanha

Após o quadro Fato ou Fake, onde as deputadas relataram os desafios enfrentados nas redes sociais, como críticas e haters, elas compartilharam algumas dicas para as mulheres que planejam disputar as eleições este ano.

Para Maria Rosas, é fundamental cuidar do bem-estar emocional. “Muitas vezes, vão dizer que você não vai ganhar, que não vai conseguir. É muito importante manter o foco, acreditar em si mesma e não desistir. Queremos ver mais mulheres na política. Estamos ao seu lado!”, afirmou.

Rogéria acrescentou que o primeiro passo é encontrar um partido com o qual se identifique. É essencial ser sincera com os eleitores, não se deixar abalar pelas dificuldades e pela falta de recursos. “Tenha clareza sobre sua motivação para ajudar seu povo. Lembre-se: você é uma triatleta, e o que uma triatleta precisa é vencer, superando todos os obstáculos.”

Se você não conseguiu assistir ao vivo a entrevista, basta acessar o programa na íntegra no nosso canal do YouTube aqui. Aproveite e se inscreva para acompanhar os próximos episódios.

Texto e foto: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)