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Abastecimento de água de Brazlândia ganha reforço

Caesb está concluindo obra no córrego Olaria para aumentar a oferta de água potável mesmo no período de seca A Companhia de Saneamento Ambie...

Caesb está concluindo obra no córrego Olaria para aumentar a oferta de água potável mesmo no período de seca


A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) prevê concluir ainda em outubro as obras de captação de água do córrego Olaria, em Brazlândia. Com isso, a oferta de água potável para os 60 mil habitantes da região aumentará dos atuais 102 litros por segundo para 165 litros por segundo, melhorando o abastecimento que vem sendo prejudicado pela seca. Na obra, a Caesb investiu R$ 9,7 milhões.

O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, explicou nesta segunda-feira (9) que o sistema de captação do Olaria foi projetado para garantir o pleno abastecimento de água potável de Brazlândia durante o ano todo, inclusive em períodos críticos de estiagem, como ocorre no momento em todo o Distrito Federal.

Mas Reis adverte: “Mesmo com o reforço na captação e distribuição, é fundamental que os moradores, tanto da zona urbana quanto da área rural, utilizem a água de forma consciente, evitando desperdícios”. Entre os cuidados, a Caesb recomenda não usar água potável para lavar carro, regar jardim ou limpar estábulos.

Seca prejudica abastecimento
Durante a seca, o abastecimento de algumas regiões administrativas do DF é mais prejudicado porque são abastecidas por sistemas que dependem da água proveniente de pequenas e médias fontes fornecedoras, como córregos e poços. É o caso de Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Jardim Botânico e São Sebastião. Todo ano, entre agosto e novembro, o nível dessas fontes cai substancialmente, reduzindo a oferta de água naquelas cidades.

Outros fatores contribuem, em diferentes graus, para afetar o abastecimento de água nessas cidades, segundo o gerente dos Sistemas Produtores de Água Descoberto e Brazlândia, Wellington Ribeiro de Freitas.

Entre ele, Freitas destaca as características hidrográficas do DF (rios e córregos com baixa vazão), a intensa ocupação urbana, o crescimento das atividades agropecuárias e as mudanças climáticas observadas em todos os continentes.

O Sistema Brazlândia
Brazlândia, por ser uma região com vocação agrícola, é uma das cidades que mais sofre durante a estiagem, quando a oferta de água diminui e o consumo aumenta entre 7% e 10%. A Caesb atende à população por meio de dois sistemas de captação de água: o Barrocão e o Capão da Onça. Cada sistema dispõe de dois poços tubulares profundos, que são acionados quando o abastecimento precisa ser reforçado. Esses sistemas, porém, não estão interligados às demais unidades de captação do DF. Por isso, são chamados de “sistemas isolados”.

O abastecimento da cidade ganhará o reforço do sistema do córrego Olaria, composto por uma elevatória de água bruta e uma adutora, com capacidade para transportar 40 litros por segundo. A água captada do córrego será levada até a Estação de Tratamento Brazlândia por meio de uma rede com 7.304 metros de tubos. A rede começa na elevatória de água bruta do Olaria, segue pelas margens da BR-080 até a DF-430, de onde prossegue pela Avenida São José e chega até a ETA Brazlândia. Ali, a água bruta captada será tratada para se tornar potável.

O tratamento acontece após a água bruta passar por uma estação de tratamento de ciclo completo, com capacidade de vazão de 165 litros por segundo. Depois de tratada, a água é armazenada nas três câmaras do Reservatório Apoiado (RAP) Brazlândia, com capacidade de armazenamento de 3 milhões de litros de água potável.

Para chegar aos locais mais altos da região, o Sistema Brazlândia conta ainda com um Reservatório Elevado, medindo 30 metros de altura (o equivalente a um prédio de dez andares) e com capacidade para armazenar até 110.000 litros. De lá, a água é distribuída por meio de uma estação de bombeamento, com capacidade para transferir até 35 litros por segundo.

Com a chegada das chuvas, previstas para o final de outubro, o abastecimento será normalizado. Mas poupar água e usá-la de forma consciente é a “lição de casa” a ser feita o ano todo tanto pelos moradores da cidade quanto os que vivem no campo. No caso dos produtores rurais, a companhia recomenda não usar a água da Caesb para irrigar plantação, lavar máquinas ou hidratar animais. Orienta também os produtores a procurarem ajuda técnica da Emater-DF para usar da melhor forma a água captada das barragens construídas pelo Governo do Distrito Federal.

Crédito das fotos: Cristiano Carvalho (Caesb)