Programa Água Legal vai aumentar o número de moradores atendidos e reduzir as ligações clandestinas Núcleo Rural Córrego Capoeira do Bálsa...
Programa Água Legal vai aumentar o número de moradores atendidos e reduzir as ligações clandestinas
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) começou nesta segunda-feira (30) a construir a primeira etapa das obras de ampliação da rede de abastecimento de água no Núcleo Rural Córrego Capoeira do Bálsamo, no Lago Norte. Serão investidos inicialmente mais de R$ 485 mil para ligar à rede de distribuição mais 800 moradias, beneficiando 2.500 moradores. Com essas obras, a companhia também vai combater as ligações clandestinas na Capoeira do Bálsamo, uma das comunidades que registram o maior número dos chamados “gatos de água” em todo o DF.
Capoeira do Bálsamo é um núcleo rural em processo de regularização. Em março de 2023, o governador Ibaneis Rocha assinou termo de compromisso para legalizar 370 hectares que formam a comunidade. Ao mesmo tempo, o vilarejo foi incluído no Programa Água Legal da Caesb, instituído por Ibaneis em 2019 para que comunidades instaladas em áreas não regularizadas venham a ter o direto de receber rede de água potável da companhia, garantindo o abastecimento desses moradores.
Com essas obras de regularização, o Programa Água Legal também chega ao núcleo rural para acabar com as ligações clandestinas. Esses “gatos” reduzem a pressão da rede de distribuição, desviam água do sistema e, consequentemente, prejudicam o abastecimento dos imóveis regulares, conforme a Caesb.
O secretário de Governo do DF, José Humberto Pires de Araújo, tem acompanhado a situação dos moradores e o trabalho que vem sendo feito na comunidade. “É muito importante essa ação no Córrego do Bálsamo”, ressaltou. “Nessa região, há três níveis de moradores: os que têm suas residências já estabelecidas, com todo o abastecimento de água tranquilo; outros que estão em fase de transição, onde estão sendo feitas instalações novas; e uma região mais abaixo, que é a mais carente e tem dificuldade de chegar a água”.
A comunidade existe há 50 anos. Mas foi em 2019 que o governador Ibaneis Rocha, ao criar o Programa Água Legal, passou à Caesb a missão de garantir o fornecimento de água potável para as famílias. “É bom lembrar que, como estão em regiões não regularizadas, ainda há dificuldades para que recebam obras estruturantes, mas a necessidade que se apresenta no momento precisa ser atendida”, afirmou José Humberto.
“Essa articulação que a gente fez, levando a solicitação do governador junto à Caesb, é o nosso trabalho do dia a dia a dia aqui, ouvindo as demandas da população e encaminhando para os órgãos que têm a competência de resolver os assuntos”, explicou o secretário. “Estou acompanhando de perto o trabalho, a comunidade está muito feliz e graças a Deus essa questão é mais uma que está sendo atendida. É uma população que muito necessita, de baixa renda, e o governo tem uma atenção muito especial”.
Investimentos e cronograma
As obras no Córrego Capoeira do Bálsamo do Bálsamo serão feitas em três etapas. Na primeira fase serão implantados 660 metros de rede de abastecimento de água nas chácaras 63 a 69, área de ocupação consolidada e onde serão feitas 108 novas ligações. O investimento nessa etapa é de R$ 142,3 mil.
Já a segunda etapa da obra irá levar água do sistema de abastecimento do Bairro Itapoã para a zona mais alta dos conjuntos residenciais do Córrego Capoeira do Bálsamo. Nessa fase, serão implantadas 1.210 metros de rede para atender mais de 600 moradias com investimentos de R$ 343 mil. A terceira etapa já foi projetada pela Caesb, mas ajustes estão sendo feitos para que todos os moradores da área demarcada pela companhia sejam beneficiados.
Histórico
Desde 2019, quando foi instituído o Programa Água Legal, até setembro deste ano, já foram investidos R$ 6,1 milhões para implantar rede de abastecimento em 69 comunidades que não dispunham desse serviço. Com o programa, 5.268 moradias passaram a ser ligadas à rede da Caesb, beneficiando mais de 20 mil moradores.
Quem participa do programa paga pela água que consome, mas a tarifa é reduzida para os que estão inscritos nos programas sociais do GDF. O volume de água gerado desde a implantação do programa é bem expressivo: 1 milhão 180 mil metros cúbicos. O consumo gerou para a Caesb receita de R$ 12,3 milhões.
Crédito das fotos: Cristiano Carvalho (Caesb)