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Autoridades destacam importância de exposição no Senado para preservação da memória do Holocausto

Visitação estará disponível até sexta (21), e a entrada é gratuita. Fotos: Roque de Sá /Agência Senado O evento de abertura da exposição “Ho...

Visitação estará disponível até sexta (21), e a entrada é gratuita.
Fotos: Roque de Sá /Agência Senado
O evento de abertura da exposição “Holocausto – Qual teria sido seu papel nessa tragédia?”, nesta terça-feira (18), foi prestigiado por autoridades e personalidades do mundo político, e ficou marcado por declarações que reforçam a necessidade de preservação da memória de um dos episódios mais trágicos da história, no qual seis milhões de judeus foram mortos pelo estado nazista.
A exposição é uma produção comunidade da Escola Cristã Verbo Vivo, de São Joaquim de Bicas (MG). São mais de 200 objetos, como maquetes, pinturas a óleo, esculturas e desenhos, num acervo interativo e audiovisual que remonta um dos períodos mais trágicos da história mundial, no qual uma máquina de morte em escala industrial foi montada pela Alemanha Nazista com o objetivo de aniquilar o povo judeu.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), uma das madrinhas da exposição, destacou o paralelo entre o pesadelo vivido por este povo na 2ª Guerra Mundial com o atual cenário, no qual Israel tem sofrido com ataques de grupos terroristas, como os que ocorreram em outubro de 2022.

“Queremos ser cidadãos que se compadecem da dor do próximo, que possuem um caráter ético e moral forte capaz de fazer a diferença em nossa sociedade, já que vivemos em um mundo onde atrocidades ainda são praticadas. Haja vista, por exemplo, o que aconteceu à família Bibas”, explica a coordenadora do projeto Sara Burgeson.

Quem passar pela exposição pode vivenciar uma verdadeira experiência de imersão num ambiente que remonta, inclusive, os alojamentos dos campos de concentração no qual judeus foram mantidos em condições desumanas antes de serem mortos das formas mais cruéis imagináveis.

Uma das atrações será uma réplica em miniatura da casa de Anne Frank, adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto, que tornou-se símbolo mundial da luta contra o preconceito após a divulgação póstuma do Diário de Anne Frank (1947), no qual relatou a rotina de terror da família na fuga da perseguição nazista.

“Eu, pessoalmente, perdi a maioria da família dos meus pais, não tenho avôs. E uma das tarefas do Estado de Israel, uma das metas, um dos desafios é manter o povo judeu, Israel, vivo. E, de vez em quando, como vimos recentemente, tem tentativas de matar, de matar, de destruir o Estado de Israel e o povo judeu”, destacou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine.

A confecção das peças, coordenadas pelo artista Nahum Burgeson, contou com a participação de crianças e idosos. Todos os estudos realizados para a montagem da exposição foram fundamentados em fontes originais para preservar a reprodução fiel de todas as obras.

“Todas as vezes que estive em Israel, fui muito bem recebido por Benjamin Netanyahu. Tive bons momentos com ele, conhecemos seu país, por vez acompanhada da senhora Michele, visitamos o Museu do Holocausto, que é algo para se ver, meditar e pensar, sequer pensar na possibilidade disso acontecer em nosso país. Como há pouco, uma pessoa acabou de dizer aqui, para que o mal vença, basta que os bons se omitam”, enfatizou o ex-presidente Jair Bolsonaro.



A exposição estará disponível para visitação até sexta (21). A entrada é gratuita e fará parte do roteiro de visitações do Senado.